Comitê Paralímpico Internacional realiza coletiva de imprensa com membros da Equipe Paralímpica de Refugiados

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Abbas Karimi

Membros da Equipe Paralímpica de Refugiados participarão da coletiva de imprensa que acontece na madrugada de 2ª feira (23/08), às 00h30 (horário de Brasília). Trata-se da segunda delegação de refugiados a competirem nas Paralimpíadas.

São Paulo, 21 de agosto de 2021 – O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), realiza nesta segunda-feira (23), às 00h30 (horário de Brasília) uma coletiva de imprensa com participação de membro da Equipe Paralímpica de Refugiados que irá competir nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020. A coletiva com os atletas refugiados pode ser acompanhada virtualmente pela plataforma Teams: shorturl.at/bfJU9

Este ano, pela segunda vez na história, os Jogos Paralímpicos contam com a participação de atletas que integram a Equipe Paralímpica de Refugiados (RPT, na sigla em inglês) do IPC. O anúncio foi feito pelo comitê em 30 de junho e apresentou seis atletas – sendo uma mulher e cinco homens – de quatro países de origem, que competirão em cinco modalidades: natação, canoagem, arremesso de taco, lançamento de disco e taekwondo.

A Equipe Paralímpica de Refugiados competiu pela primeira vez há cinco anos, durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016, com dois atletas. Este ano, poucos dias após a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, a delegação representará as mais de 82 milhões de pessoas em todo o mundo que foram forçadas a fugir da guerra, perseguição e violações dos direitos humanos. Desse número, cerca de 12 milhões são pessoas com deficiência.

O IPC, em parceria com o ACNUR, trabalha para garantir que esses atletas enviem uma mensagem de força e esperança para outras pessoas que foram forçadas a se deslocar. A Equipe também reforça o papel do esporte na integração de pessoas refugiadas em suas comunidades de acolhida e chama atenção para a importância de garantir assistência, serviços e oportunidades para pessoas com deficiência.

“Estou muito feliz em parabenizar cada um dos seis atletas nomeados hoje como membros da Equipe Paralímpica de Refugiados do IPC. Também estou imensamente orgulhoso de nossa colaboração com o Comitê Paralímpico Internacional na promoção da inclusão de pessoas refugiadas com deficiência no esporte. Esses atletas, como indivíduos e como uma equipe, estão enviando uma mensagem de esperança e inspiração para pessoas refugiadas em todo o mundo. Esperamos que esse exemplo nos aproxime de um mundo mais inclusivo e igualitário”, afirmou Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para Refugiados, no dia do anúncio da Equipe.

Página sobre a Equipe Paralímpica de Refugiados

Com o objetivo de compartilhar a jornada dos atletas olímpicos e paralímpicos nos Jogos Tóquio 2020, o ACNUR desenvolveu uma página específica para divulgar conteúdos exclusivos, materiais de apoio, recursos visuais e informações sobre a Equipe Paralímpica de Refugiados. A página, que pode ser acessada aqui, trazendo novas informações longo dos Jogos.

Além conhecer mais sobre a história dos seis integrantes da delegação de para-atletas, o público terá acesso a outros conteúdos sobre esportes, como a campanha “Reflexos”, realizada pelo ACNUR. O projeto é composto de cinco vídeos, em que atletas brasileiros e pessoas refugiadas que empreendem no Brasil se conhecem virtualmente e compartilham histórias. A série de vídeos conta com a participação do atleta e medalhista paralímpico Daniel Dias, que se despedirá das piscinas em Tóquio 2020.

A estreia dos atletas da Equipe Paralímpica de Refugiados do IPC nas arenas japonesas tem início nesta quinta-feira (26) e as participações podem se estender até 4 de setembro, penúltimo dia da Paralimpíada, dependendo da evolução dos atletas ao longo dos Jogos.

Sobre o ACNUR

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) é uma organização humanitária internacional dedicada a salvar vidas, assegurar os direitos e garantir um futuro digno a pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e comunidades devido a guerras, conflitos armados, perseguições ou graves violações dos direitos humanos.

O ACNUR está presente em 135 países, onde atua de forma coordenada com autoridades nacionais e locais, organizações da sociedade civil, setor privado e academia, visando garantir que as pessoas refugiadas e apátridas encontrem segurança e apoio para reconstruírem suas vidas com segurança nos países de acolhida.

Em janeiro de 2020, o ACNUR foi homenageado com a Taça Olímpica por contribuição ao esporte. A organização humanitária segue apoiando atletas refugiados e práticas esportivas como forma de desenvolvimento pessoal e social, sendo um meio propício à inclusão e facilitador do processo de integração de pessoas refugiadas nas comunidades anfitriãs.

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