Estresse canino: como cachorros podem ter problemas como os nossos

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É difícil identificar problemas como estresse em cachorros, mas, com devida dedicação, transtorno pode ser remediado

Estresse canino: como cachorros podem ter problemas como os nossos
Crédito: divulgação istock

Assim como nós, cães também podem ficar estressados e sofrer problemas de saúde. Essa é uma realidade que costuma ser pouco aparente, uma vez que não estamos acostumados com a ideia de que animais possam ser acometidos de tal problema.

O estresse é parte de um mecanismo do corpo que garante a sobrevivência do indivíduo, colocando-o em alerta e garantindo vigia e atenção para possíveis predadores e situações de risco. Esse mecanismo gera doses de adrenalina e outros componentes químicos e pode afetar a saúde do animal quando o estado de estresse se torna constante, representando uma situação de estresse crônico.

Sintomas

Cães afetados pelo estresse tendem a diminuir a sua frequência de alimentação e oscilar em sua rotina de sono. Ambos podem afetar a sua saúde consideravelmente, uma vez que seu animal fica sem os nutrientes necessários e sem o descanso correto.

Comportamento destrutivo, latidos constantes, ato de lamber as patas e o pelo também são sintomas comuns. Respectivamente, eles podem causar um aumento ainda maior no estresse, devido ao convívio difícil com seus tutores, exaustão e feridas, derivadas de infecções por saliva em pele exposta.

Cães estressados também podem se tornar mais agressivos ou mais melancólicos, o que pode levar a quadros de saúde mais graves, como doenças no estômago.

Causas

As causas podem estar relacionadas à rotina do animal, a fatores internos e externos. Um cão que não tem uma rotina bem definida pode se sentir ameaçado e incerto e começar a exibir sintomas de estresse. Falta de horários bem definidos para alimentação e passeios, isolamento e mudança de rotinas preestabelecidas contribuem para que o mecanismo de defesa do corpo seja ativado e o cão se torne estressado.

Da mesma maneira, fogos de artifício, barulhos de obra e predisposição genética são outros fatores externos e internos que também podem contribuir para o quadro.

Como tratar

A primeira e mais importante ação a ser tomada ao notar que seu companheiro está estressado é levá-lo a um profissional. No curso de medicina veterinária, os formandos aprendem a identificar esses sinais e a encontrar estratégias para tratar o quadro. Veterinários, mais do que qualquer outro profissional, sabem o que deve ser feito.

Dentro das formas de tratamento, é possível estabelecer rotinas que devem ser seguidas à risca, dando segurança ao seu cão. É necessário encontrar as fontes de estresse e cortá-las o máximo possível.

Levar o cachorro para passear ajuda na sua saúde física e sinaliza ao corpo que não há perigo nem isolamento. Da mesma maneira, a socialização com outros animais também pode evitar que o cão se sinta solitário.

Além desses fatores, também é necessário cuidar de si mesmo. Um estudo feito pela Universidade de Linköping, na Suécia, mostrou, através de testes em mais de 58 animais e seus donos, que o estresse dos tutores pode passar para o animal. Tratar do próprio estresse em prol da saúde do seu companheiro é um cenário mais que ideal e pode criar motivação o suficiente para resolver dois problemas de uma vez só.

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