Nayana Albuquerque, Miss Brasil Progress 2018, embarca para a Itália

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A bela cearense, que além de miss tem uma carreia profissional de sucesso, é doutoranda em ciências jurídicas, esbanja simpatia e estará no Miss Progress International 2018 representando o Brasil, que acontece de 21 a 30 de setembro. O evento reunirá cerca de 30 a 40 países e todas as candidatas devem apresentar um projeto social. O Miss Progress International reúne um fundo de dez mil euros para investir no melhor projeto apresentado, e é com grande responsabilidade que o evento implanta essa cultura social no mundo da beleza.

Nayana Albuquerque se define como: “Uma mulher destemida e de forte personalidade! Sou uma pessoa focada e disciplinada totalmente apaixonada por tudo que faço”.

Perguntamos sobre sua visão dos concursos de beleza, ela diz:

Concurso de beleza é um mundo mágico, representar uma cidade, estado ou país é algo incrível. Isso nos dá voz para algo maior, nos coloca em evidência e se soubermos usar essa exposição de forma correta agregará muitas coisas boas em nossa história. Mas além do glamour devemos quebrar padrões e apoiar causas sociais, ser miss é muito mais do que participar de uma competição. Temos que ter outros atributos além da beleza. Muitos concursos estão banalizados hoje em dia. E nenhuma mulher deve depender de um padrão de beleza para se sentir feliz e aceita.

Nayana Albuquerque

Em sua opinião, o que deveria mudar em relação a visão dos amantes de concursos de beleza?

Acompanho muitos concursos de beleza e vejo que as pessoas dão mais valor aos padrões de beleza e a disputa, do que a própria representatividade! Estar representando um lugar ou alguém já é algo tão grandioso. Sabemos que desde sempre os concursos de beleza são uma caixinha de surpresas. É preciso respeitar a trajetória e o trabalho que cada moça teve para estar ali. Digo isso porque vejo muitos ataques em redes sociais a candidatas durante e em finais de concursos. O principal papel de uma miss é representar com dignidade independente de qualquer resultado. É imprescindível ter consciência que é um ser humano, devemos respeitar as diferenças.

Qual sua opinião sobre padrões de beleza no universo Miss?

A Beleza em si é subjetiva e em um concurso há uma grande diversidade de etnias; não tem como impor um padrão. Tem uma citação que eu gosto muito que resume minha resposta: “Beleza sem conteúdo é como um livro com uma linda capa, mas em branco, não há nada de interessante para se ler, além disso, qualquer um com um lápis pode escrever nele o que quiser”; então acho fundamental uma Miss ter conteúdo, ser autêntica e saber se comunicar; é isso que a torna uma representante especial.

Conte-nos sobre o seu projeto social?

O meu projeto social consiste em algo que eu já venho desenvolvendo em minha profissão, como doutoranda em ciências jurídicas e tabeliã no Estado de Sergipe, onde o meu intuito é o aconselhamento dos direitos da gestante e do menor, encaminhando-os aos órgãos públicos, e sempre orientando ao procedimento de reconhecimento de paternidade, pois o nome do pai é de suma importância no desenvolvimento psicossocial do ser humano. Ainda existem casos de se negar o registro do menor, causando grande constrangimento e gerando rejeição à criança recém-nascida. Então eu defendo esse direito, instruo e aconselho todos que chegam a mim com orientações técnicas; e penso em implantar junto a uma ONG uma facilitação ao exame de DNA para desburocratizar o processo e o tornar menos doloroso aos envolvidos.

Quando começou o seu contato com o mundo dos concursos de beleza e por que você quis se tornar uma miss?

Iniciou na infância, como toda menina amava esse universo. O motivo é a representatividade de um ideal e mostrar que a beleza é subjetiva em uma diversidade de etnias, e que a mulher, além da beleza, pode ter destaque e influência em sua profissão.

Para finalizar, qual sua mensagem para as meninas que querem participar de concursos de beleza?

Que nenhuma mulher deve depender de um padrão de beleza para se sentir feliz e aceita,
independente do corpo, da cor da pele, cabelo e raça. Temos que conhecer o sentido da palavra sororidade e praticar. E além de beleza, buscar conhecimento. Usar um título de miss para influenciar de forma positiva a vida dos outros, dar voz a causas sociais, resgatar valores. E não passar por cima de ninguém para conquistar nossos objetivos. E por fim, que a competição não seja maior do que a representatividade; isso é a maior missão de uma Miss em um concurso de beleza.

No Brasil, o evento é gerido pelo Diretor Flavio de Holanda.

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