Conheça as nomenclaturas do mercado financeiro

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O mercado financeiro é cheio de jargões e nomenclaturas que, para o público leigo, podem não fazer muito sentido.

Operar vendido“, “carteira de ativos”, “Taxa Selic” e “CDI” são alguns dos termos presentes no cotidiano de quem investe. Para compreendê-los, é preciso entender um pouco também sobre o funcionamento do mercado financeiro.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre as nomenclaturas mais utilizadas no mundo dos investimentos. Se você gostaria de saber um pouco mais sobre o assunto, prossiga com a leitura.

Termos do mercado financeiro

Termos do mercado financeiro: conheça

Comecemos com “operar vendido”, que foi a primeira nomenclatura citada.

Quem opera vendido vende uma ação que não possui em carteira e, assim, ganha quando o mercado está em queda. Investidores que operam vendido têm como objetivo vender ativos por preços altos e, futuramente, recomprá-los por valores mais baixos.

É uma estratégia utilizada quando o investidor – normalmente bastante experiente – acredita que uma ação terá queda durante o dia. Ao recomprar as ações vendidas no final do dia, o investidor terá lucro.

É preciso que se compreenda, claro, que se trata de um investimento de risco: se as ações forem contra as expectativas e subirem, o investidor terá que arcar com o prejuízo.

Uma pergunta corriqueira é: como é possível que um investidor venda uma ação que não possui? Para que a transação se complete, ele deve entrar em contato com uma corretora e avaliar a disponibilidade dos ativos que deseja adquirir por um tempo específico.

Para comprá-los, ele deve pagar uma taxa, a qual é negociada diretamente com a corretora. A transação funciona da seguinte forma: a corretora, que tem um cliente com o ativo desejado pelo investidor, faz a ponte entre ambos. A esta ponte damos o nome de BTC.

Operar comprado

Chamamos de operação comprada a operação mais tradicional, ou seja: nela, o investidor adquire uma ação e faz a sua venda quando percebe uma boa oportunidade.

Os lucros acontecem, portanto, quando o investidor faz a venda de ações que estão em alta.

Carteira de ativos

A carteira de ativos, que também pode ser chamada de cesta ou portfólio de investimentos, é a soma de todos os investimentos de uma pessoa física ou jurídica.

O ideal é que, com o passar do tempo, os investimentos se valorizem e promovam ao investidor, seja ele uma pessoa uma companhia, alguma rentabilidade.

Para compor uma carteira de ativos, um investidor pode apostar em ações, fundos de investimentos, entre outras coisas.

O ideal é que, antes de escolher os investimentos que farão parte do portfólio, o investidor busque se instruir sobre o seu perfil – ou seja, se é mais ou menos conservador, se aceita ou não ter algum tipo de perda financeira – e sobre o andamento do mercado financeiro.

CDI

Sigla para Certificado de Depósito Interbancário, o CDI é um título emitido por instituições financeiras e permite que haja a operação de empréstimos entre bancos.

O Banco Central possui uma regra que postula que as instituições financeiras devem sempre fechar o dia com saldo positivo. Assim, quando há volume de saques maior do que o de depósitos, é preciso adquirir a diferença: para tal, uma instituição financeira pede um empréstimo para a outra, para que o seu saldo fique positivo.

O CDI atua de maneira a permitir que os bancos consigam manter os seus compromissos e, assim, não prejudicar correntistas e pessoas que contam com o seu funcionamento.

Taxa Selic

A Selic, sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é, portanto, utilizada no mercado interbancário.

A taxa Selic é obtida através do cálculo da taxa média ponderada dos juros que são adotados por bancos.

Para entender o seu funcionamento, precisamos pensar no “macro”. Para que se possa investir no país como um todo, é necessário que haja arrecadação de impostos: com esse dinheiro, são construídos hospitais, escolas e afins.

Além da arrecadação de impostos, há a arrecadação através do Tesouro Nacional: nela, há a emissão de Títulos Públicos.

Esses títulos, em geral, são adquiridos por instituições financeiras de grande porte. Os bancos são obrigados, pelo Banco Central, a depositar uma porcentagem dos depósitos que recebem em uma conta do BC, para que não haja aumento na inflação (causada pelo excesso de circulação de dinheiro).

Como citamos anteriormente, não é incomum que os bancos terminem o dia com porcentagem menor ou maior do que deveriam: aí entra o empréstimo, que é solicitado para outros bancos.

A garantia do compromisso para com os empréstimos são os títulos públicos que, disponibilizados pelo governo, foram adquiridos pelos bancos.

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