Não faz tanto tempo assim, o termo eSports era praticamente desconhecido por aqui. Poderia até gerar confusão em leitores que encontrariam um erro ortográfico – no caso, a falta da letra ‘e’. Hoje em dia isso jamais aconteceria, independentemente da idade.
O Brasil já se destaca como um dos principais mercados de eSports do planeta, onde o número de equipes, jogadores e, principalmente, fãs não para de crescer. Tomemos como exemplo o League of Legends, o famoso LoL, que é um baita campeão de audiência desde 2012, quando a Riot Games passou a operar no país.
O alcance do jogo impressiona. Canais de streaming, podcasts, MOBAs (multiplayer online battle arena) e apostas LoL têm sucesso garantido na comunidade gamer. Haja vista o número das transmissões com milhares de fãs que lotam arenas para acompanhar ao vivo os campeonatos.
Os eSports no Brasil
Os anos 2000 não ficaram marcados apenas pelo medo do bug do milênio – quem já trabalhava com tecnologia deve se lembrar bem. Foi nessa mesma época que jogadores de eSports no Brasil começaram a se destacar em jogos como Counter-Strike e StarCraft, por exemplo.
As primeiras competições, pequenos torneios locais, contavam com poucos jogadores.
Com o passar dos anos, equipes profissionais de eSports apareceram, e os torneios ficaram maiores; e as premiações idem.
Já em 2010, a Brasil Game Show (BGS), maior feira de jogos eletrônicos da América Latina, começava a incluir competições de eSports e atraía multidões.
Crescimento dos eSports
Saltando para os últimos anos, principalmente pelo aumento do acesso à internet no Brasil – peça chave para a modalidade, por motivos óbvios, o mercado de eSports tem tido saltos significativos. O número de jogadores, equipes e patrocinadores que entram neste mercado só cresce.
Números da Newzoo, mostram que o Brasil ocupa a quarta colocação entre os maiores mercados de jogos eletrônicos do mundo, com 75 milhões de jogadores ativos.
Ainda sobre números, temos de citar a grande final do Campeonato Brasileiro de League of Legends de 2020, com mais de 17 milhões de espectadores, segundo dados da própria Riot Games. É muita gente!
Equipes de eSports
Os jogos mais populares, como Dota 2, League of Legends e Counter-Strike, por exemplo, contam com equipes brasileiras fortíssimas.
LOUD, paiN Gaming, INTZ e Flamengo eSports, entre outras, são fenômenos de público, com milhões de inscritos nas redes sociais.
Os jogadores já são reconhecidamente chamados de profissionais e contam com patrocínios, tal qual toda grande modalidade esportiva. Até porque, treinamento e equipamentos precisam de suporte financeiro.
Prêmios e patrocínios
Por falar em finanças, as premiações são vitais para o fomento das modalidades. E sua importância nos eSports não poderia ser ignorada. O Brasil têm atraído cada vez mais patrocinadores. O valor e número de premiações andam juntos.
São empresas de roupas esportivas, tecnologia, energéticos… Alguns prêmios, em dinheiro, podem bater a marca de centenas de milhares de reais. Exemplo disso aconteceu em 2019, com os prêmios do Campeonato Brasileiro de League of Legends. No total a cifra foi de R$ 500 mil.
Impacto na economia e conclusão
Para finalizar, achei por bem destacar o impacto econômico provocado pelos eSports no país.
Estudo da consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers) apontou que a receita total de eSports do Brasil no em 2022 cresceu 40,6% em relação ao ano anterior.
Constatou ainda a manutenção do Brasil como destaque da América Latina, prevendo que o país será responsável por 47,4% da receita total da região até o ano de 2026.
Esses números se traduzem diretamente em geração de empregos e na consequente movimentação do comércio local.
Ou seja, o mercado de eSports comprovadamente aquece não apenas as indústrias relacionadas aos games, mas também turismo e varejo. E pelo que vimos, o fará cada vez mais.