Os cassinos no Brasil do século XXI: negócio de alto padrão?
A liberação dos jogos de azar, e especialmente dos cassinos, é um dos temas do momento. Depois de muita notícia, especulação e rumor, já deu entrada um projeto de lei que está sendo debatido e poderá estar próximo da aprovação.
Será uma virada de grande significado histórico, depois da proibição vigorando desde os anos 1940. Além dos cassinos, poderão ser legalizadas todas as formas de jogo de azar: o bingo, os estabelecimentos de máquinas caça-níquel e até o jogo do bicho.
Para muitos brasileiros, um “cassino” é um antro de jogatina, onde marginais e viciados se juntam para torrar dinheiro, perder fortunas e a dignidade, e praticar crimes desde o tráfico de drogas à lavagem de dinheiro. Contudo, no exterior um cassino é um estabelecimento com classe e de alto padrão, com a imagem que Las Vegas e o Mônaco deram ao mundo. E como era o Cassino da Urca nos anos 40.
Para os empresários que estão planeando investir – ou aqueles que já investiram, como Silvio Santos em seu Hotel Jequitimar no litoral paulista, ou o famoso Costão do Santinho em Florianópolis – um cassino é um elemento de diversão integrado em um espaço de férias e lazer, de preferência para um segmento de alto padrão.
Uma notícia recente da TV Globo confirma esta tendência. Em Vila Velha/ES, uma casa de máquinas caça-níquel foi fechada pelas autoridades. O espaço tinha o máximo conforto e até serviço de comida e bebidas para os apostadores, um público com renda média–alta, entre 30 e 40 anos de idade.
A proibição pode ser um perigo maior
Nestes “cassinos”, como a mídia chama, e ao contrário do que poderia se pensar, não tem qualquer proteção da lei para os jogadores. A única proteção é saber que o ato é proibido da parte do empresário, mas nem isso livra o próprio apostador de uma multa se for apanhado. Curiosa lei que, para impedir o jogador de gastar dinheiro, castiga-o – obrigando a gastar dinheiro!
Em outros países, pelo contrário, os cassinos são obrigados a seguir regras de responsabilidade social e boa conduta. No limite, o apostador pode assinar uma ordem para que os cassinos impeçam ele de entrar nos estabelecimentos novamente, no dia em que ele não conseguir controlar seu vício. Se isso acontecer, a equipe de segurança irá checar os registros e proceder de acordo.
Além de tudo, se o jogo continuar proibido, os brasileiros continuarão jogando do mesmo jeito que fazem hoje. Seja através da internet, em cassinos online como o netbet, seja voando para Punta del Este ou Las Vegas.
Não será a hora de o Brasil escolher um meio moderno de regular esta atividade?
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