Fórmula 1 sem brasileiros em 2018
O campeonato de Fórmula 1 de 2018 está começando e não tem piloto brasileiro, pela primeira vez desde 1970. É sem dúvida um momento triste, em um esporte que deu tanta alegria para o povo brasileiro. A última vitória em Grande Prêmio de um piloto brasileiro veio em 2009; o último título veio, como todo mundo sabe, em 1991. É a “argentinização” do automobilismo brasileiro; “nuestros hermanos” não vencem um GP desde 1981 e um título desde 1957.
Falta base forte?
A mídia geral diz que falta base forte para o Brasil ter grandes pilotos na F1. De acordo com o Esporte Uol, é o próprio Felipe Massa que vem criticando a Confederação Brasileira de Automobilismo por sua “inoperância” nesse quesito, uma vez que os jovens da atualidade são obrigados a ir competir na Europa bem mais cedo, por ausência de opções viáveis de competição em seu país. Contudo, esse não será o único problema. Como muitas vezes acontece, é uma combinação de vários fatores.
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Dificuldade no patrocínio é um dos principais fatores. O automobilismo sempre precisou de dinheiro, mas a Fórmula 1 está passando por uma fase especialmente difícil nesse sentido; nunca o piloto precisou de tanto investimento como agora. A Liberty Media, empresa que adquiriu os direitos de promoção do campeonato, está tentando mudar as coisas mas não se sabe se terá sucesso. Basta ouvir o próprio presidente da FIA falando que 70% das equipes só lutam para sobreviver. Aí, os pilotos que chegam lá são do nível de Lance Stroll. Hoje, você quase precisa ser filho de um multimegabilionário para pilotar na F1.
Já Pietro Fittipladi, ou outro jovem talentoso, talvez deva pensar em jogar na mega sena online. Quem sabe assim não conseguem ganhar um grande prêmio e patrocinar sua própria participação!
Esperança no futuro
O fato é que você olha para aquelas que devem ser consideradas, por direito, as três categorias de topo do automobilismo mundial abaixo da Fórmula 1 e vê que têm vários brasileiros. No World Endurance Championship, na temporada de 2018-19, vai ter o já comentado Pietro Fittipaldi e Bruno Senna. Na Indycar, onde Fittipaldi também estará, temos os veteranos Tony Kanaan e Hélio Castroneves e o jovem Matheus Leist.
E na Fórmula E, vale lembrar, o Brasil é o país com maior número de títulos, com os campeões Nelson Piquet Jr. e Lucas di Grassi a vencerem duas das primeiras três edições do campeonato de fórmulas elétricos. Eles continuam defendendo as cores nacionais na atual edição, a quarta.
Pode ser que a Fórmula 1 venha a dar mais atenção ao talento do piloto e menos a seu dinheiro, e no futuro tudo poderá mudar. Sergio Sette Câmara (Fórmula 2), Caio Collet e Gianluca Petecof (adolescentes nos karts) são nomes que estão lutando bem forte por uma vaga no topo.
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