“Hormônio do amor” é utilizado de forma pioneira e inovadora para transformar a vida de mulheres vítimas de violência
O projeto é idealizado pela ginecologista Dra. Fabiane Berta em parceria com a jornalista Patrícia Alves em prol da ONG Bem Querer Mulher
O movimento #OCITOCINE-SE, criado pela Dra. Fabiane Berta – médica há 10 anos, com especialização em ginecologia endócrina pela Santa Casa (SP) – tem por objetivo compartilhar o amor por meio da ciência, restaurando a saúde física e mental do ser humano.
A iniciativa é a única com projeto 360 para resgatar as mulheres vítimas de violência. E por que 360? A primeira fase conta com um estudo clínico com a Ocitocina, em que um grupo de mulheres passam por uma triagem para realizar o check-up médico e utilizam o hormônio para melhorar a qualidade de vida.
Na segunda fase são feitas oficinas de capacitação, chamadas de “Oficinas do Amor”, que oferecem às participantes a possibilidade de aprenderem novos ofícios, como na área da tecnologia, culinária e beleza, para que possam se sustentar e não voltar a seus agressores. Ou seja, primeiro é realizado o resgate da saúde física e emocional, depois o estímulo ao desenvolvimento profissional, como uma forma de sustentar suas casas e seus filhos.
A pandemia do Covid-19 fez com que o número de casos de depressão, ansiedade, e síndrome do pânico aumentasse consideravelmente, atingindo índices alarmantes. Especialistas apontam que a doença compromete o organismo em relação à inflamação, estresse oxidativo, hiperativação do sistema imunológico, síndrome do desconforto respiratório agudo (SARS), disfunção renal, entre outras complicações.
Normalmente, o que ‘equilibra’ o bem-estar físico e emocional é o hormônio da felicidade e do amor, conhecido como ocitocina. A maior parte da produção deste hormônio é gerada, basicamente, por meio de contato social, do afeto, de abraços, de conexões pessoais. Logo, com o isolamento social provocado pela pandemia, foi preciso abrir mão de grande parte desses aspectos para promover a segurança contra o vírus. Em razão disso, houve uma baixa muito grande da ocitocina nesses quase dois anos de reclusão social, tendo sido necessário aprender a ‘sentir’ o sorriso das pessoas através dos olhos.
A falta de ocitocina costuma causar: palidez; olhar infeliz; olhos secos; corpo sem em expressões emocionais; diminuição de Libido; estresse; diminuição da função cognitiva; distúrbios do sono; falta de lubrificação da glande durante o sexo; redução da capacidade de ejacular; ausência de sorrisos; menor capacidade de orgasmo da mulher; obesidade; dores musculares; incapacidade de amamentar; ensiedade excessiva/medo.
Hoje em dia esse hormônio é mais conhecido por sua atuação como terapia auxiliar do abortamento incompleto, inevitável ou retido, além dos benefícios pós parto, promovendo a contração uterina e, assim, prevenindo o sangramento excessivo pós parto. Possui ainda função modular contra doenças cardíacas e vasculares, assim como acelera a cicatrização de feridas, aumenta o prazer no orgasmo e o apego entre os amantes, estimulando o impulso sexual, comportamento e sentimentos afetuosos. Também é responsável por relaxar os músculos, reduzindo a dor.
No entanto, é importante ressaltar que a atividade da ocitocina diminui com o avançar da idade, especialmente nas áreas centrais do cérebro que são importantes para as emoções, tornando necessária a suplementação progressiva, que pode ser feita através de injetáveis, nasais, implantes e orais.
Com o tempo em que vivemos, da necessidade de repor amor nas pessoas porque precisamos de afetividade, chegamos ao ponto de nos questionarmos: O que realmente vale a pena? Juntos somos mais generosos, gentis e humanos. É isso que gera multiplicação.
Sobre a Dra. Fabiane Berta:
Médica há 10 anos, especialista em ginecologia endócrina pela Santa Casa (SP). É também pós-graduanda em endocrinologia clínica; longevidade saudável aplicada ao antienvelhecimento genético; bioquímica e fisiologia hormonal metabólica; neurociência e comportamento.
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