Como eliminar o mofo nas edificações?
IBI – Instituto Brasileiro de Impermeabilização
Um dos problemas relacionados à impermeabilização mais percebidos pela população durante o outono e inverno é o aparecimento de mofo em paredes e tetos.
Tecnicamente, o que é chamado de forma genérica de mofo são colônias de fungos, ou seja, microrganismos vivos, estruturas filamentosas que se formam em ambientes úmidos e escuros, sem incidência de luz solar direta. Ou seja, aquelas manchas escuras formadas, com maior frequência, próximas a rodapés e bases de paredes, são milhares (ou até milhões) de seres vivos microscópicos, que além de afetar estruturas, causam doenças nos usuários das construções.
A falta de impermeabilização correta é o principal causador do problema. A umidade se infiltra e, sem a circulação de ar e incidência de luz solar direta, os fungos começam a proliferar. Normalmente, a presença de umidade se dá por alguma deficiência de impermeabilização, que podem ser infiltrações nas lajes de cobertura, paredes em contato com solo, umidade ascendente nos rodapés das paredes etc. Há também a possibilidade da existência de mofo em áreas muito confinadas, pouco ventiladas e paredes que não recebam insolação, ou simplesmente pela presença de umidade em ambiente que possa resultar em condensação de água. Nessas áreas, a solução se resume em promover circulação de ar no ambiente. Já nas áreas onde há deficiência de impermeabilização, a resolução é mais complexa, necessitando auxílio de um profissional especializado.
Asma alérgica, rinite alérgica, sinusite fúngica, aspergilose broncopulmonar alérgica e micose broncopulmonar alérgica são algumas das doenças que os fungos podem causar. É evidente que, uma vez identificado o problema, soluções pós-construção existem, mas o ideal é que desde a fase de projeto tudo seja pensado. Para impedir o mofo, deve-se adotar um modelo de impermeabilização que seja compatível com o tipo de fundação. Adotar detalhes específicos prevendo os arremates da impermeabilização da fundação com os tubos que se sabe que passarão pela mesma (tubos de água, esgoto, tubulações de entrada de energia etc.).
Há vários produtos de impermeabilização no mercado e, para cada necessidade, é possível usar um sistema de impermeabilização que pode ser rígido ou flexível. O importante é que o sistema estanque à passagem de umidades e vapores. É necessário analisar se a região que será impermeabilizada precisa de proteção contra a água na forma líquida e vapor ou só na forma líquida.
O mais relevante é dar a importância devida à questão, olhando a impermeabilização como parte fundamental do projeto, que requer conhecimento técnico e de normas, experiência, entre outras. O mais indicado é procurar projetistas e profissionais qualificados, para especificar o sistema que mais se adeque a cada obra.
O IBI – Instituto Brasileiro de Impermeabilização é uma entidade técnica sem fins lucrativos, que tem como finalidade principal o estudo, a pesquisa, o desenvolvimento de produtos, serviços de sistemas de impermeabilização e/ou segmentos afins, tais como reabilitação de estruturas, concreto, dentre outros, sempre ligados à construção civil.
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