Você sabe como surgiu o seu signo?
Astróloga explica o surgimento do Horóscopo e influência na vida das pessoas
A astrologia sempre atraiu a curiosidade das pessoas, que se interessam em saber como os astros influenciam ou não a vida de cada um. Para a astróloga Cláudia Lisboa todo o nosso guia está desenhado no céu e pode ser explorado por meio do mapa astral.
Mas afinal, qual a origem dos signos? Muitos estudos e observações foram necessários para termos acesso a todas as informações sobre os astros que existem hoje. Acredita-se que o surgimento da astrologia e dos zodíacos se deu nos primórdios da Antiguidade, com as primeiras observações que a humanidade fez sobre o movimento do nascer e do pôr do sol, o ciclo da lua e como esses elementos se relacionam com a natureza.
Há apontamentos sobre a origem do horóscopo a partir do século 7 a.C., quando já se acreditava que os astros podiam influenciar a vida na Terra. A astróloga, professora de Astrologia e escritora Cláudia Lisboa explica que isso ocorreu a partir da observação. “O conhecimento dos astros servia para orientar, por exemplo, a agricultura, a pesca e a sobrevivência humana.”
Origem dos signos
Segundo a astróloga, a primeira relação com a construção dos signos tais como conhecemos deu-se a partir da observação do movimento de rotação que resulta em dia e noite. “Havia um período – que ainda não era entendido como um ano – que era frio e gelado, havia outro período de meia estação (caso da primavera e do outono) e havia o calor.”
Naquele momento, já percebia-se que o dia não tinha a mesma duração de tempo da noite, mas que havia dois dias do ano em que o dia se igualava à noite. Esse entendimento, posteriormente, levou ao conhecimento dos equinócios, que marcam o início da primavera e do outono.
“A astrologia surgiu no hemisfério norte, quando os humanos perceberam que a entrada da primavera ocorria em torno do dia 20 de março. Então fizeram a divisão em quatro signos, chamados de cardinais, iniciando com Áries no equinócio da primavera; Câncer no solstício de verão; Libra no equinócio de setembro; e Capricórnio no solstício de inverno”, explica Cláudia Lisboa.
A observação levou a uma subdivisão entre os períodos de equinócio e solstício, que geraram os 12 signos tais como conhecemos. Tais análises e estudos ocorreram a partir do hemisfério norte do planeta Terra. Cláudia Lisboa explica que, como no hemisfério sul as estações são opostas às do hemisfério norte, surgiram dúvidas se isso se refletiria na astrologia.
“Foi feita uma correspondência entre esses movimentos, observando que o sol subia no horizonte celeste durante o ano, a partir do equinócio de março. Ficou definido que ali começaria a contagem do zodíaco. Isso é universal e não muda para quem está no hemisfério sul”, garante a astróloga.
Ela afirma que o estudo dos zodíacos e da astrologia parte de um sistema simbólico. “Esse sistema representa uma força e nós estamos conectados a ela. A astrologia é a compreensão de uma organização a partir de um simbolismo, de um movimento, de uma conexão e sincronicidade. A astrologia não crê que um planeta tenha influência sobre algo ou alguém e sim que um movimento planetário simboliza um movimento humano ou da natureza na Terra”, relaciona.
O significado dos signos
Os 12 signos foram definidos e representam significados – ou imagens – de origem na mitologia de babilônios, egípcios, gregos e romanos. Estão desenhados no céu em forma de constelações, cada uma criada mitologicamente a partir de uma simbologia.
O primeiro signo, Áries, tem origem na mitologia grega. Significa carneiro, em latim, de onde vem o aríete, o instrumento de guerra usado para arrombar portões e que geralmente traz uma cabeça de carneiro na ponta.
Em seguida vem o signo de Touro, que é uma figura importante nos calendários das civilizações mesopotâmicas por simbolizar a fertilidade, também desenhado em forma de constelação.
Gêmeos representa Castor e Pólux, filhos de Leda (rainha de Esparta). Embora fossem gêmeos, tinham pais diferentes. Castor, filho do rei de Esparta, era mortal; já Pólux, filho de Zeus, era imortal. Eles eram grandes amigos e juntos lutaram na Guerra da Tróia. Quando Castor morreu em um combate, Pólux ficou perturbado. Zeus, então, decidiu tornar Castor imortal, eternizando os irmãos na constelação de Gêmeos.
O signo de Câncer, que em latim significa caranguejo, uma das 12 criaturas mortas por Hércules, transformada em uma constelação. Leão foi outro animal morto estrangulado por Hércules e, em homenagem a ele, Zeus o desenhou com estrelas.
Também eternizada nos céus, Virgem (Virgo), na mitologia romana, representava a deusa da justiça. Já Libra, também segundo os romanos, seria a balança usada por essa deusa.
A deusa grega Ártemis era muito amiga do gigante Órion e irmã gêmea de Apolo. Por ciúmes da amizade, o deus usou um escorpião para matar Órion. O animal também foi desenhado no céu por Zeus.
Segundo a mitologia grega, Quíron era o centauro mais sábio de todos. Sua morte aconteceu quando foi acidentalmente atingido por uma flecha de Hércules, surgindo o Sagitário, a partir de mais uma homenagem nos céus feita por Zeus.
Capricórnio, na história grega, é uma cabra com rabo de peixe. Para fugir do titã Tifon, o deus dos bosques, Pan pulou na água e morreu, porque não conseguiu se transformar completamente em peixe.
Aquário vem da história de que o seu período (janeiro e fevereiro) correspondia, no Oriente Médio, ao período de chuvas. Assim surgiu o simbolismo do signo, que é um homem virando seu jarro de água.
E, para finalizar, o signo de peixes: segundo os gregos, Afrodite, a deusa do amor, e seu filho, Eros, teriam se transformado em peixes para fugir do titã Tifon, que não suportava água.
Para que servem os signos?
A astrologia consiste no estudo sobre a conexão entre os astros e do desenho deles no céu em determinados momentos e a sua influência na vida das pessoas. “É exatamente o que se precisa para desenvolver e aprimorar os pontos fortes e fracos”, diz Cláudia Lisboa.
Segundo ela, o mapa astral vai muito além de definições técnicas de palavras. “É uma poderosa ferramenta de autoconhecimento e, por meio da leitura e interpretação, é possível coletar informações importantes que irão ajudar a pessoa em todo processo em qualquer área da sua vida, como espiritualidade, relacionamentos, família, carreira e propósito”, conclui.
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